18/07/2012

Projeto Integrador 2012




FACULDADE ANHANGUERA
CURSO DE PSICOLOGIA



ELIAS ANTONIO DOS SANTOS RA: 37029
LIJARDANIA VICENTE RODRIGUES RA: 37508
REGINA CRISTINA DE MENDONÇA RA: 35933
THABATA SABINO DA SILVA RA: 26290


A INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

                                                       

RESUMO

A convivência do aluno deficiente visual e do professor na sala de aula apresenta certa dificuldade de se efetivar, pois s escola apresenta problemas de infraestrutura, políticas públicas e ao ambiente social ao qual este sujeito está inserido. A escola é compreendida como um sistema que pode, por meio da educação de qualidade, gerar sujeitos capazes de formular ações políticas comprometida com os interesses coletivos. Essa evidência fica clara nos meados do século XX, no qual se tinha a concepção de que por meio da escola se resolveria o problema de acesso à educação, e dessa forma estabeleceria a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. Mas o quadro mudou a partir do momento em que se percebeu que o desempenho escolar não dependia só de processos biológicos ou psicológicos, mas da origem social dos alunos. Sendo que a criança deficiente visual não pode ser impossibilitada de manifestar seus ideais, por ser considerado incompatível com um grupo. Para mudar a cultura da exclusão é necessário reconstruir as relações sociais.

Palavras-Chaves: Deficiente visual, Escola, Inclusão.

1. INTRODUÇÃO

Há várias décadas a escola vem-se transformando de forma que cada organismo que compõe essa organização também passa a se transformar. É um Inter jogo de relações em que a Educação se torna princípio fundamental para a formação de sujeitos cidadãos.
Nessa realidade, novas propostas surgiram com objetivo de ampliar o direito de todos à educação, ou seja, contemplar os portadores de necessidades especiais também ao direito de integração e socialização.
Como prova desse processo, vemos que hoje a educação dita especial não se restringe apenas as instituições especializadas, mas abrange o sistema regular de ensino, é neste contexto que possíveis alienações podem ocorrer no que se refere à integração, pois é notória a deficiente condição das escolas públicas e despreparo dos professores em relação ao acolhimento desses deficientes.
Apesar das atitudes com relação às crianças portadoras de deficiência progredirem ao decorrer da história da humanidade, no qual a partir dos meados do século XX passou-se a buscar a integração de todos deficientes a sociedade, vê-se que o processo de escolarização talvez ainda não seja suficiente para resolução dos problemas de ‘inclusão’, pois a sociedade  aparenta está arraigada em conceitos discriminatórios. Talvez a falta de conhecimento e aproximação possa ser a causa desse afastamento.
A declaração de Salamanca (1994) é resultado do movimento em favor da inclusão e dessa forma serve de consenso para formatação de uma política de educação inclusiva.
Frente às necessidades educativas especiais é preciso refletir o sentido de escola inclusiva e de todas as diferenças que ela deve abarcar, pois é na possibilidade de uma escola verdadeiramente integradora que se pode combater atitudes desrespeitosas à integridade física e moral.

2. DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA VISUAL 

Deficiência visual é caracterizada pela perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos em virtude de causas congênitas ou hereditárias. É de carácter definitivo não sendo possível ser corrigido com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. De acordo com site do Ministério do Trabalho e Emprego:

De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência visual:
Cegueira - na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
Baixa Visão - significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos a inclusão das pessoas com baixa visão a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual. (Leis de cota site MTE).

As principais causas relacionadas à deficiência visual são ocasionadas por acidentes, alguns tipos de tumores, ferimentos, doenças gerais, influências pré-natais ocorridas na gestação, envenenamentos e/ou doenças infecciosas que podem acarretar a perda parcial ou total da visão.
Outras possíveis são hereditárias, tais como: a catarata congênita, atrofia do nervo óptico e o albinismo que ocorrem em qualquer faixa etária.
Além das doenças e condições citadas, podem atacar o globo ocular, a córnea, as lentes, o humor vítreo, retina e o nervo óptico. Que pode acarretar doenças visuais acentuadas ou cegueira total.
Alguns sinais característicos na criança é o desvio de um dos olhos, não seguir visualmente objetos e não reconhecer visualmente os familiares, baixo aproveitamento escolar e atraso no desenvolvimento. No adulto pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão.
Em qualquer um dos casos citados é necessário à realização de avaliação oftalmológica para diagnóstico e encaminhamento para possíveis tratamentos
Há vários tipos de classificação de acordo com a intensidade da deficiência.
Leve que pode ser compensada com o uso de lentes de aumento, lupas e bengalas. Que deverá ser realizados treinamentos de orientação.
Moderada que possibilita a realização de atividades com o auxilio e iluminação adequadas.
Severa que apresenta a impossibilidade de realizar tarefas visuais requer adequação do tempo, ajuda e adequações de ambientes e materiais a serem utilizados.
Profunda (visão subnormal, baixa visão e cegueira é ausência total da resposta visual é caracterizada pela dificuldade para realizar tarefas visuais). 


3. O MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO RUMO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA


 Nos primeiros anos do movimento a educação, a dificuldade encontrada foi a de implantar um sistema educacional para proporcionar aos mais pobres e pessoas com deficiência acesso à educação. O plano, proposto por Thomas Jefferson foi vetado em 1779, pois os mais abastados não queriam pagar os impostos para a educação dos pobres e deficientes. O conceito da educação de pessoas com deficiência foi introduzido no final da década de 1700 por Benjamin Rush, mas quem criou um dos primeiros programas especiais de educação foi Thomas Gallaudet em 1817.                                                                         A implantação de duas instituições, o Asylun for the Education of the Blind (1829) e a Experiential School for Teaching e Training Idiotic Children (1846) voltadas ao ensino e treinamento de crianças especiais foi primordial para a transformação da sociedade colonial em nacional no final do século XVIII e inicio do século XIX.                                                          Várias sociedades filantrópicas se estabeleceram e atuaram com importante papel na instalação de escolas e centros de reabilitação, na qual, neste último ambiente, as crianças eram mais controladas do que ensinadas.

[...] a maior parte dos indivíduos colocados em instituições de reabilitação era considerada como integrante de vários grupos justapostos: indigentes, pessoas com comportamentos fora dos padrões, pessoas com deficiência visível, minorias e muitos imigrantes recém-chegados (S.Stainback, & W. Stainback, pg.37, 1999).


As escolas públicas “comuns” foram criadas do final do século XIX à década de 1950, mas muitas crianças ainda continuavam excludentes, principalmente afro-americanos e nativos, os deficientes continuavam segregados, e ainda rotulados como ameaça a civilização. Neste mesmo período as instituições eram indicadas para os deficientes físicos, os alunos que apresentavam deficiências mais severas eram colocados no fundo dessas instituições sem chance alguma ao serviço educacional.

“quase todas as crianças confinadas a cadeiras de rodas, não-treinadas no controle das funções fisiológicas ou consideradas ineducáveis eram excluídas, devido aos problemas que o seu ensino iria envolver” Sigmon (pg.3, 1983 apud S.Stainback & W. Stainback, pg.37, 1999)
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A criação do currículo escolar baseado nas necessidades acadêmicas do aluno no início do século XX tinha o propósito de banir as crianças em condições inferiores. Foi a partir da década de 1950 a 1960 que a mudança começou a girar, pais e lideres da educação iniciaram ações legais em defesa aos direitos dos alunos de aprenderem em ambientes normais. Em 1972 o direito a educação gratuita foi concedida as crianças “ditas” retardadas, resultando em até direito ao emprego (ato de reabilitação, 1973). Em 1978 o Ato da Educação foi estabelecido para todas as crianças e, a partir daí, estados ajudaram a implantar programas nas escolas públicas.                                                                                                                          A inclusão de todas as crianças nas classes regulares ocorreu no final da década de 1970 e no início da década de 1980. E assim cada vez mais foi se intensificando propostas de aprimoramento para a educação inclusiva.                                                                                         Apesar do enorme progresso e das mudanças rumo à educação inclusiva, ainda existem resistências a inclusão. Muitos pesquisadores e lideres se o posicionam a esse movimento, arraigados em um paradigma tradicional, alienando-se ao conceito, e acabam por ignorar os efeitos benéficos, usando mais o controle do que mesmo a inclusão.                                 As práticas da inclusão passaram a expandir com grande impulso em 1990, nesta mesma década houve o vínculo da inclusão com a reforma geral da educação.                             O quadro de concepções mudou, pois a segregação, antes o foco da época, hoje se tornou ilegal. Criaram-se programas de prevenção das questões de ensino aprendizagem. Muitas escolas de educação inclusiva vêm crescendo, alterando o modelo tradicional.                À trajetória da educação inclusiva que começou em meios a muitos impasses, a segregação ao direito de ensino e ao espaço para as próprias práticas educativas foram exemplos desse processo. A rejeição era evidente, e a discriminação maior ainda. Foi preciso muitos esforços para tentar combater a “desigualdade” dos direitos.                                     Ao passar dos anos, notou-se os pequenos avanços rumo à inclusão educacional, sendo um sinal para que todos continuassem a contribuir com a expansão das práticas cada vez mais inclusivas e não excludentes. Segundo Mantoan (1997)

[...] a noção de inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática [...] a meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa.” Mantoan (pg.145, 1997 apud Sassaki,, pg.114,1997).


A educação se torna uma face de autonomia e respeito diante a sociedade, a inclusão, reforço dos laços sociais, ou seja, a participação de todos na sociedade. A reivindicação aos direitos de ensino adequado reforçou a ampliação da oportunidade igualitária a todos os indivíduos, independente de sua condição. O ambiente escolar torna-se um instrumento rumo à construção do aprendizado e conhecimento, em que se vence a barreira da ignorância, quando há constatação do ideal da igualdade de oportunidades dentro do processo de inclusão.

3.1 A INCLUSÃO SOCIAL E O CONTEXTO ESCOLAR

A questão da inclusão vem sendo discutida em âmbito mundial, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência sofrem discriminações e são de alguma forma excluída, e se tornam alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.
Dessa forma, destacou-se a necessidade de uma formatação na política de integração e de educação inclusiva, movimentos foram necessários para essa realização, a Conferência Mundial de Educação Especial é exemplo desse movimento, em que emergiram pontos fundamentais de mudanças da realidade atual.
 Maciel (2008) apresenta alguns dos trechos transcritos na Declaração de Salamanca (1994):

Toda criança tem direito fundamental a educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.

Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso a escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades..

Aos governos demandam que:

Encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e organizações de pessoas portadoras de deficiência nos processos de planejamento e tomada de decisão concernentes a provisão de serviços para necessidades educacionais especiais.

Garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.

A endossar a perspectiva de escolarização inclusiva  e apoiar o desenvolvimento da educação especial como parte integrante de todos os programas educacionais.


No mesmo instante que a Declaração fortalece a inclusão escolar, todavia não se resolve o problema, visto que processo de exclusão é anterior ao período de escolarização, iniciando-se em alguns casos no nascimento, ou no momento em que aparece algum tipo de deficiência, adquirida ou hereditária, sendo capaz de ocorrer em qualquer tipo de instituição familiar.
Na realidade, o que se preconiza é o direto a inclusão de deficientes a classe regular. Apesar de a educação da criança com deficiência visual se processar por meio de programas diferentes, tais como classes especiais, ensino integrado e salas de recursos, a tendência atual é a de manter nas salas de aulas o maior número possível de crianças com necessidades educativas especiais.
 A convivência com outras crianças possibilitará um círculo de relações sociais, facilitando à criança a ajuda quando necessária e o favorecimento do contato e interação com o mundo.                                                                                                                                           Para que haja o processo de inclusão essas crianças precisam de um ambiente de aprendizado facilitador, em que haja integração entre professor-aluno e a interação aluno-aluno. Entretanto se faz necessário uma previa sondagem no ambiente de aprendizagem, analisando o espaço, se é favorável e se há condições para atendimento a essas crianças com deficiência visual, sempre imposto com respeito e consideração, pois a educação do deficiente visual precisa ser compatível com seus requisitos especiais, fazendo uso de materiais e equipamentos de apoio, bem como algumas adaptações.
Tratando de integração professor e aluno será de suma importância, que as pessoas que irão lidar diretamente com o aluno, tenham certo grau de conhecimento sobre o que é deficiência, sua causa, características e necessidades educativas, buscando alcançar os pais ou responsáveis, com intuito de conhecer o histórico de vida do deficiente.
Em busca de interação aluno-aluno, devem ser apresentadas as formas de lidar com as diferenças, a falta de paciência em aceitar o outro como ele é, e orientações devem ser ministradas para os alunos das classes regulares, voltadas às questões da deficiência.
É importante ressaltar, que todas as pessoas portadoras de alguma deficiência têm o direito de ter suas necessidades atendidas. Leis estão postas, e com isso importantes conquistas vem sendo constatadas. A exemplo está à lei nº 9. 394 de 20 de dezembro de 1996, que segundo Quintão 2005:

prevê a garantia de vagas na escola regular para educandos portadores de necessidades especiais desde a educação infantil, assim como contempla a compra de vagas pelos governos em escolas especiais, instituições privadas sem fins lucrativos, para os casos que necessitam de uma condição de ensino especializado. (Quintão, 2005)

É em um contexto de estimulação que pode surgir uma nova expectativa de educação, em que propostas educativas possam se tornar flexíveis podendo atender as necessidades de mudanças.
A criança cega ou de visão subnormal precisa aprender a viver num mundo de pessoas que não apresentam deficiência. Mesmo que este processo lhe seja, muitas vezes, difícil e penoso. Cabe à sociedade a responsabilidade de prover os auxílios necessários para que a criança se capacite e possa integrar-se no grupo social a que pertence. “Assim sendo, a forma ideal de educação é aquela que proporciona ao aluno maiores oportunidades de assimilação pelo sistema comum de ensino”. (Masi, pg.12, 2002)

É necessário que a inclusão social anteceda a inclusão escolar, onde os deficientes antes de ter o direito de ser (alunos), sendo diferentes, tenham direito de ser cidadão.
A Declaração de Salamanca (1996) menciona:
O princípio que orienta essa estrutura (de ação em educação especial) é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes ou superdotadas, crianças de rua e trabalhadoras, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos inferiorizados ou marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos sistemas escolares. No contexto dessa estrutura, o termo ‘necessidades educacionais especiais’ refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam de deficiências ou de dificuldades de aprendizagem. (p. 3)
A educação é direito de todos independentes de condições econômicas, sociais e limitações físicas ou intelectuais. Por isso para que haja democracia diante desse quadro, é necessária alguma mudança de atitudes, que envolva de certa forma os aspectos sociais.              Para que haja de fato a inclusão é necessário que se tenha respeito à diversidade, contribuindo para a promoção da dignidade humana. É de suma importância que todos os indivíduos deficientes ou não sejam reconhecidos com igualdade e dignidade em seus direitos

[...] basta que a organização escolar incorpore em seus objetivos e conteúdos, o conhecimento e os conceitos básicos sobre a cegueira e o cego, o "direito e a igualdade de oportunidades", o "exercício da cidadania", enfim, saber que o aluno com deficiência visual igualmente aos demais é sujeito de direitos e deveres e como tal possui a igualdade de oportunidades na construção da sua cidadania. (Masi, 2002)

A prática educacional exige à compreensão da realidade social, dessa forma o compromisso com a educação do cidadão com deficiência visual deve estar voltada para compensar a desigualdade, mas não a diferença.

  
3.2 PERSPECTIVA SOCIAL NA EDUCAÇÃO

O conhecimento tem presença em qualquer projeção que se faça do futuro. Por isso há um consenso de que o desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade da sua educação. Nesse contexto, as perspectivas para educação são otimistas. Busca-se compreender a educação no contexto da globalização e da era da informação, tira consequências desse processo e aponta o que poderá permanecer da “velha” educação, indicando algumas categorias fundamentais da educação do futuro.
Grandes mudanças ocorreram nas ultimas décadas do século XX, tanto no campo socioeconômico e político quanto no da cultura, da ciência e da tecnologia, é um tempo de expectativas, de perplexidade, sendo um momento novo e rico de possibilidades. Por isso, não se pode falar de futuro da educação sem certa cautela.
A educação, as novas tecnologias e o conhecimento tem sido alvo de atenção, mas para entendermos o futuro é necessário revistar o passado. Com o surgimento no final do século XX da escola tradicional e mais tarde a escola nova, nota-se que ambas viam o homem individualizado no processo educacional.
Não se via a humanidade e sim o homem por si só. A humanidade vive, hoje, um momento de sua história marcado por grandes transformações, decorrentes do avanço tecnológico. Está nova condição exige um redimensionamento de todas as práticas mediadoras de sua realidade histórica, quais sejam o trabalho, a sociabilidade e a cultura simbólica.
 Espera-se, pois da educação, como mediação dessas praticas, que se torne estruturadas, para enfrentar o grande desafio do 3° milênio, de modo a contribuir mais eficazmente na construção da cidadania, tornando-se fundamentalmente educação do homem social.
A educação é considerada hoje objeto priorizado de estudos científicos com vistas á definição de políticas estratégicas para o desenvolvimento integral das sociedades, é entendida como mediação básica da vida social de todas as comunidades humanas.
As transformações gerais da sociedade atual apontam a inevitabilidade de compreender o País no contexto da globalização, da revolução tecnológica e da ideologia de livre mercado (Libâneo, 2009).
No entanto, o progresso, a riqueza e os benefícios avindos dessas transformações não podem ser usufruídos apenas por pequena parcela da sociedade. Com o aumento dos bens de consumo, do bem–estar, da difusão cultural, há a fome, o desemprego, a doença, a falta de moradia, o analfabetismo das letras e das tecnologias.
Existe hoje um grande desafio, o de incluir nos padrões de vida digna, os milhões de indivíduos excluídos e sem condições básicas para se constituírem cidadãos participantes de uma sociedade em permanente mutação. Sendo de suma importância um ensino público de qualidade para todos.
Existe atualmente um amplo reconhecimento desses aspectos, que tem sido transformado em reformas e em políticas educacionais em vários países, pode-se destacar o Brasil que na década de 90, efetuou um amplo processo de ajuste do sistema educativo, que teve por objetivo adequar a educação escolar às novas demandas e exigências do mercado, assumindo a perspectiva de mercadoria ou serviço que se compra, e não de um direito universal, o que leva a torna-se competitiva, fragmentada, dualizada e seletiva social e culturalmente afirma Libâneo, 2009.
Cabe refletirmos que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos o domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, bem como a inserção no mundo e a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, deve ser entendida como fator de realização da cidadania, com padrões de qualidade. Neste contexto, a educação pública tem tríplice responsabilidade: ser agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos e desenvolver a ciência e a tecnologia; trabalhar a tradição e os valores; preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e transformá-lo positivamente.
Libâneo (2009) declara que:

[...] essas responsabilidades indicam, complementarmente, três objetivos que devem servir de base para a construção pública de qualidade no contexto atual: preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade técnico-informacional, formação para a cidadania critica e participativa e formação ética (LIBÂNEO, 2009, pg.118).

A escola deve continuar investindo nos alunos, para que se tornem críticos e se engajem na luta pela justiça social, cabe aos alunos se empenhar, como cidadãos críticos, na mudança da realidade em que vivem e no processo de desenvolvimento nacional, e a função da escola é capacitá-los.
Portanto a preparação para a vida social é exigência fundamental, devido às emergências de movimentos localizados, baseados em interesses comunitários, mais restritos, no bairro, na região, nos pequenos grupos entre outros, essa preparação social educativa é exigida para viabilizar o controle não estatal sobre o Estado. Nota-se a necessidade de a escola preocupar-se com o desenvolvimento de competências sócias como relações grupais e inter grupais, para tomadas de decisões e soluções de problemas.
Um dos pontos fortes da escola é a formação ética, que parte do pressuposto a formação de valores e atitudes diante do mundo da política e da economia, do consumismo, do individualismo entre outros aspectos que mantém o capitalismo contemporâneo.
Em suma a escola pode auxiliar no desenvolvimento de competências comunicativas que possibilitarão dialogo e consenso baseado na razão crítica, será necessário, no entanto uma comunicação ideal que se baseia no investimento na capacidade do individuo de situar-se em relação aos outros, no desenvolvimento de autonomia, isto é, indivíduo capaz de reconhecer nas regras e nas normas sociais o resultado do acordo mutua, do respeito ao outro e da reciprocidade, a formação de indivíduos capazes de expressar suas idéias, desejos e vontades de forma cognitiva e verbal, incluindo a perspectiva do outro e por fim a capacidade de dialogar.
 A partir de novos paradigmas surgidos dentro da educação, em 2008, surge a Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva com o intuito de tornar legítima a acessibilidade da pessoa com necessidades educacionais especiais à escola regular, promovendo o direito à educação para todos, enfocando a grande discussão nos dias atuais dentro das escolas. Partindo desse pressuposto, propôs-se, para essa pesquisa investigar a percepção dos Profissionais da Educação acerca da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva dentro das instituições de ensino regular.
A concepção dos profissionais participantes acerca da Educação Inclusiva está relacionada à educação inclusiva como acolhimento das pessoas com necessidades e como direito garantido por lei; os profissionais conhecem pouco sobre a nova Política relacionando-a ao Atendimento Educacional Especializado e ressaltam a ausência de apoio do governo às Escolas. Conclui-se, portanto, que há ausência de capacitação do professor e da equipe pedagógica que os prepare para lidar com alunos que necessitem de uma educação inclusiva e de qualidade.
A intenção de estudar o tema atual configura-se no fato de que atualmente, com a ressignificação desse paradigma de “escola para todos”, identifica-se dificuldades dos educadores da rede regular de ensino para lidar com as especificidades de cada aluno, em especial com aquelas pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades nas escolas regulares, já que para isso haveria de existir uma preparação tanto dos profissionais trabalhando em conjunto com uma equipe multidisciplinar, quanto da própria acessibilidade arquitetônica na qual a escola se encontra, dentre outras mudanças.

3.3 RECURSOS E TECNOLOGIAS QUE ATENDEM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

A educação no Brasil ainda apresenta pontos de deficiência na formação e disponibilidade de recursos para o deficiente visual, sendo necessário investir na diversidade e criar politicas públicas voltadas para a aprendizagem e desenvolvimento.
A educação da criança deficiente visual pode ser realizada por meio de programas de classes especiais que são desenvolvidas por escolas especificas, no ensino itinerante ou na sala de aula regular com o apoio dos professores. Com o principal objetivo de proporcionar a aprendizagem através de conteúdos, procedimentos e requisitos especiais compatível com suas necessidades e professores especializados em educação especial, que possibilitem o desenvolvimento de métodos e técnicas específicas para aprendizagem com instalações, equipamentos especiais e adaptações.
Os recursos didáticos para o ensino de deficientes visuais são de suma importância para que o aluno seja integrante da sala participando de todas as atividades.
Reglete e punção recurso utilizado para o aprendizado da escrita Braille, apresenta modelos de mesa ou de bolso. Consiste numa prancha e uma régua com duas linhas. Para utilizado é necessário introduzir o papel entre a prancha e a régua pressionando com o punção, obtendo os pontos em relevo.
Sorobã ou ábaco utilizado para o ensino de Matemática. Aparelho de cálculo de origem japonês foi adaptado para o uso de deficientes visuais. Auxilia na realização de contas com maior rapidez, apresenta baixo custo e grande durabilidade.
Máquina Braille permite transcrever textos em relevo o Braille para ensinar o deficiente visual a ler e escrever.
Livro didático adaptado recursos didáticos que são transcritos em Braille.
Livro falado gravado em DVD ou CDs.
Tecnologias assistivas um termo novo utilizado para identificar recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes.
Programas de computador que consiste em sistemas para computadores que se comunicam com o usuário através de síntese de voz. Proporciona o aprendizado com os recursos de escrita, leitura e pesquisa de informação.
Maquetes e objetos podem ser tocados e manipulados auxiliam no desenvolvimento do aluno.
Recursos de áudio como rádio, computador, livro falados, cd entre outros são recurso didático que auxiliam no ensino.

3.4 POLITICAS EDUCACIONAIS

A transição entre Integração e Inclusão teve início no final do século passado, portanto se faz necessário algum tempo para que esse processo social gradativamente seja implantado e atenda as necessidades a ponto de tornar-se eficaz as necessidades especiais. Nessa faze de transição torna-se inevitavelmente importante que os dois termos, interação e inclusão sejam faladas e escritas por diversos sentidos para diferentes pessoas, a saber:
            Algumas pessoas utilizam as palavras integração e inclusão de acordo com a moderna terminologia da inclusão social, com sentidos distintos, ou seja: a integração como sendo a inserção da pessoa deficiente preparada para uma convivência com a sociedade, por outro lado a inclusão significando modificação de toda a sociedade com sendo um pré- requisito para a pessoa com necessidades especiais exercer a cidadania e buscar os seus conhecimentos.
            Outras pessoas utilizam os termos integração e integração total ou plena como sendo o primeiro termo como sentido de inserção da pessoa deficiente preparada para conviver na sociedade e o segundo termo correspondente ao moderno sistema de inclusão, sem, no entanto usar essa palavra para defini-la.
Na maioria dos trabalhos acadêmicos, científicos ou técnicos se usa essa terminologia para a definição supramencionada que foi publicada até 1994, ano de lançamento do primeiro documento internacional abordando o tema em plenitude sobre a inclusão que foi a Declaração de Salamanca.
            Ainda, outras pessoas tende a utilizar simplesmente a palavra integração para os dois sentidos nunca utilizando os termos integração total ou plena e inclusão.
            Em contra partida existem pessoas que utilizam indistintamente os termos: integração e integração total (ou plena), e inclusão como se fossem sinônimas, todas as palavras significando a mesma coisa, ou seja, a inserção de pessoas deficientes preparada para a convivência na sociedade.
            Para as definições citadas acima, a própria ONU (Organizações das Nações Unidas) utiliza os dois vocabulários em suas documentações. Por exemplo, sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência em seu item 1 do relatório  E/CN.5/1995/4 (24-3-95), através do Secretário Geral , diz que: a proclamação desse dia tem três objetivos.

(a) Comemorar no dia 3 de dezembro o aniversário da adoção, pela Assembleia Geral, do Programa Mundial de ação relativa às Pessoas com deficiência;

(b) Assegurar a contínua promoção de assuntos de deficiência no período posterior à Década das Nações Unidas para Pessoas com deficiência e promover a integração de pessoas com deficiência na sociedade;

(c) Promover uma crescente conscientização na população a respeitos dos ganhos a serem obtidos pelos indivíduos e pela sociedade pela integração de pessoas deficientes em todos os aspectos da vida social, econômica e política. (United Nacional, 1995b).

A inclusão no sentido atual segundo a ONU, quer dizer, plena integração segundo as resoluções 47/88 (de 18-12-92, 48/99 (United Nations, 1993ª) e 49/153 (de 7-2-95) tem o mesmo título em relação à plena integração de Pessoas com deficiência na Sociedade: Um Contínuo Programa Mundial de Ações. Por exemplo, na resolução 49/153, encontramos a seguinte afirmação:

(A Assembleia Geral) Reintegrando as responsabilidades dos Governos para remover ou facilitar a remoção de barreiras e obstáculos à plena integração e participação de pessoas com deficiência na sociedade e para apoiar seus esforços no desenvolvimento de políticas Nacionais para atingir objetivos específicos (...). (United Nacional, 1995c).

            A palavra Inclusão vem sendo empregada cada vez mais pela ONU em suas documentações. Na Resolução 48/95 (de 27/7/93 intitula-se Inclusão Plena e Positiva de Pessoas com Deficiência em Todos os aspectos da sociedade e o papel de liderança das Nações Unidas nesse sentido abordando as seguintes referências:

A Assembleia Geral, convicta de que esforços intensificados são necessários para se atingir o desfrute total e igual de direitos humanos e plena inclusão e participação de pessoas com deficiência na sociedade; (...)

Reconhecendo o papel essencial das nações Unidas e da Comissão do Desenvolvimento Social no provimento de liderança e orientação positiva para incentivar transformações de âmbito mundial, equiparando oportunidades, promovendo independência e assegurando participação e inclusão plenas de todas as pessoas com deficiência na sociedade; (...)

das Nações Unidas sobre Deficiência, a fim de promover a equiparação de oportunidades e a plena inclusão de pessoas com deficiência na sociedade; (...)

Em comparação com Países Membros, agências do sistema das Nações Unidas, organizações não governamentais e outras agências apropriadas, estender a assistências técnica e disseminar informações a fim de realçar a responsabilidade dos Países – Membros no desenvolvimento, implementação e avaliação de seus esforços para equiparar oportunidades e propiciar a plena inclusão social de pessoas com deficiência; (...)

Reafirma que os assuntos de equiparação de oportunidades e plena inclusão social de pessoas com deficiência serão uma parte importante do processo preparatório e agenda final da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Social


Apela ao Secretário geral para manter a integridade e a identidade dos programas referentes a pessoas deficientes, incluindo o Fundo Voluntário.




Mundialmente o processo pela inclusão trata-se de uma ação política, social e pedagógica que visa defender o direito do aluno em qualquer estágio de aprendizagem, de estarem juntos, aprendendo e participando de todas as atividades para eles desenvolvidas sem com isso haver qualquer tipo de discriminação. Por esse motivo a educação inclusiva constitui um paradigma educacional que tem como fundamento o direito humano levando em consideração a igualdade para todos como valores indissociáveis dentro e fora do âmbito escolar.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).


Todas as dificuldades enfrentadas no sistema de ensino principalmente quando se trata de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais confrontam as práticas discriminatórias e cria alternativas para supera-las. Na sociedade contemporânea a educação inclusiva assume um espaço central no debate em referência ao papel da escola na superação da exclusão, viabilizando a criação de uma construção de sistema educacional inclusiva, organização de escolas e classes especiais, mudanças que implicam em reestruturação das dificuldades enfrentadas no sistema de ensino, servindo de referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.

a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência; 

b) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem (MEC/SEESP, 2001 - Art.24).

A exclusão social integra o campo da pobreza e das desigualdades observadas, embora fora desses dois campos existam situações de processos que podem ser desenvolvidos fora do âmbito da pobreza e das desigualdades sociais. Toma-se, por exemplo, o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo no que diz respeito aos direitos de herança.
Portanto, toda exclusão social, em sua maior parte estão relacionadas ou tem consequências diretas nas condições econômicas dos grupos populacionistas e se fazem mais presentes em situações de intensa pobreza, ou seja, nas camadas mais pobres e de maior desigualdade social. “A pobreza absoluta significa não ter acesso aos bens e serviços essenciais, é a impossibilidade de suprir as necessidades básicas, alimentares e não alimentares.” (Lopes, 1992).
A falta do mínimo necessário para a manutenção e sobrevivência do sujeito ou grupo social poderá ocasionar a indigência ou miséria, visto que todo ser humano ou sociedade necessita de ter o mínimo de recursos considerados essenciais para uma vida digna, quando esses recursos são negados, o indivíduo ou grupo social fica exposta a vulnerabilidade, incapacitados de atingir os seus objetivos de viver uma vida digna e satisfatória.
Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.
  

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação especial no Brasil está em processo de profundas mudanças, pois hoje a um espaço para analisar e discutir questões básicas referentes aos recursos didáticos e adaptações para que os deficientes visuais possam participar do processo de ensino e aprendizagem. Escolas públicas bem equipadas e com professores capacitados apresenta resultados positivos.
Apesar dos esforços realizados para o ensino regular a realidade educacional brasileira apresenta lacunas e problemas no processo de inclusão destes alunos, desta forma o trabalho pedagógico se torna individualizado e solitário sendo que a deficiência visual interfere nas habilidades e capacidades, e afeta a vida do sujeito, família, amigos, professores e sociedade.
É necessária a interação do professor e alunos para que ocorra uma aproximação cultura escolar para que se possa planejar e efetivar as mudanças adequadas para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, valorização da inclusão de atividades mistas, romper o preconceito social, e proporcionar que todos interajam nas atividades escolares.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem.  UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

COOL Cesar; MARCHESI Alvaro; PALACIOS Jesus. Desenvolvimento psicológico e educação: Transtorno de desenvolvimento e necessidades educativas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.

LOPES, J. R. B. Um estudo socioeconômico da indigência e da pobreza urbana. Campinas: Núcleo de Estudos de Políticas Públicas/Unicamp, 1992.

Maciel, M.R.C. Portadores de Deficiência: a questão da inclusão social. São Paulo em Perspectiva, 2000.

NACÕES UNIDAS. Normas sobre a equiparação de oportunidades de pessoas com deficiência. Tradução por: Mariza do Nascimento Paro. São Paulo: CVI-NA/APADE, 1996.

PERRENOUD, Philippe. A Pedagogia na Escola das Diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: Wva, 1997.

STAINBACK, Susan & William. Inclusão: guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

  
FONTES

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2. Conceito de Pessoa com Deficiência para Lei de Cotas. Disponível em: http://www3. mte.gov.br/fisca_trab/inclusao/lei_cotas_2.asp. Acesso em 03 Junho 2012 às 13h17min  

Deficiência visual. Disponível em: http://www.coladaweb.com/medicina-e-enfermagem/ deficiência-visual. Acesso em 30 março 2012 às 21h49min       

Deficiência Visual e educação. Disponível em: http://dvsepedagogia.blogspot.com.br/2010/
02/sinais-e-sintomas-da-deficiencia-visual.html. Acesso em 03 Abril 2012 às 23h17min      

Deficiência Visual. Disponível em: http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/. Acesso em 03 Abril 2012 às 23h06min  

MACIEL, Maria Regina Cazzanga. PORTADORES DE DEFICIÊNCIA: A QUESTÃO DA INCLUSÃO SOCIAL. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-88392000000200008&script=sci_arttext.Abril/Junho 2008. Acesso em 03 Junho 2012 às 13h30min     

MARIANO, Gilmar de Freitas. Introdução. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/ ~gilmar/EDV.htm. Acesso em 20 maio 2012 às 15h09min            

Natação para Deficientes Visuais e Corporeidade. Disponível em: http://artigos. netsaber.com.br/resumo_artigo_18259/artigo_sobre_natacao_para_deficientes_visuais_e_corporeidade.  Acesso em 30 março 2012 às 22h22min 

Portal da Oftalmologia. Disponível em: http://www.portaldaoftalmologia.com.br. Acesso em 01 abril 2012 às 10h20min 

Quais as causas das deficiências visuais?. Disponível em: http://www.educ. fc.ul.pt/icm/icm2000/icm32/invisuais/causas.htm. Acesso em 31 março 2012 às 19h01min


RESULTADO DAS PESQUISAS REALIZADAS

VISITA AO NÚCLEO TERAPÊUTICO CRESCER

Em visita realizada ao Núcleo Terapêutico Crescer, situado na Av. Imperatriz Leopoldina, 818 no bairro de Nova Petrópolis em São Bernardo do Campo, São Paulo.  Na ocasião fomos recepcionados pela Psicóloga Cristiane ao qual realizamos a entrevista referente às questões sobre psicologia escolar. Ela nos relatou que sobre os métodos de ensino e do tempo que se dedica ao atendimento dos alunos e as dificuldades enfrentadas pela instituição.
Diante da entrevista realizada podemos perceber que o Psicólogo nesta área encontra certas dificuldades, pois há certas limitações e a evolução dos alunos é às vezes é lenta por não obterem os resultados imediatamente.
O trabalho é interdisciplinar e intensivo, realizado em equipe onde há interação com os alunos para que os resultados sejam positivamente atingidos. Para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno é de suma importância o papel da família. A psicóloga Cristina nos relatou que hoje existem várias políticas públicas voltadas para a educação, porém há o despreparo de alguns profissionais que estão envolvidos no processo o que dificulta o processo de interação e desenvolvimento do aluno.
É claro que nas escolas existem aspectos que precisam ser adequados sendo que o campo de trabalho do psicólogo escolar às vezes se torna limitado. No momento existe a preocupação por haver certa resistência de alguns profissionais, mas hoje já existe uma visão de toda a sociedade voltada para o assunto, muitas pessoas querem ajudar em busca de um resultado positivo, disponibilidade e principalmente respeito.
A psicóloga Cristiane nos relatou que a instituição é humanista e vê o individuo como único e o foco está voltado para o potencial do aluno e não para o seu problema.
Na instituição visitada há alunos com diversas deficiências onde são realizadas atividades especificas para eles, porém esses alunos interagem normalmente com os demais, sendo aplicadas e realizadas atividades especificas para eles.
Ao final da entrevista pudemos conhecer as instalações da instituição onde fomos acompanhados pela diretora que nos relatou sobre as atividades, limitações e as diferenças de atendimento que são disponibilizados a cada criança.
           
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

Você escolheu trabalhar como Psicóloga na área de assistente a pessoas portadoras de deficiência por quê?
Qual a maior dificuldade que um Psicólogo atualmente enfrenta atuando nessa área?
Como é o relacionamento entre o Psicólogo e os outros profissionais envolvidos no processo de inclusão social?
Toda exclusão social, em sua maior parte está relacionada ou tem consequências diretas nas condições econômicas, Você observa mudanças nesse perfil social?
Em sua visão como Psicóloga como você ver o processo de inclusão social no Brasil?
As Políticas Públicas existente atendem as necessidades no processo de inclusão social?
Os direitos a cidadania são respeitados no processo de inclusão social de pessoas portadoras de deficiência?
No campo da saúde, o atendimento a pessoas portadoras de deficiência tem atendimento adequado?
O modelo social existente está preparado para favorecer o acesso e a permanência de pessoas portadoras de necessidades especiais aos bens e serviços?
As escolas e os educadores em nosso país estão preparados para um bom serviço de inclusão social de pessoas portadoras de necessidades especiais?
Existe escassez de projetos de Políticas Públicas que se preocupem com a inclusão social em nossa sociedade?
Em sua visão como Psicólogo, o que deve mudar em relação ao atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais?
Qual a participação do Núcleo Terapêutico Crescer voltado ao serviço de Inclusão Social?
Núcleo Crescer atende pessoas com deficiência visual, como são desenvolvidas as atividades?

ENTREVISTA REALIZADA COM DEFICIENTE VISUAL

Através de entrevista realizada em 02/05/2012 com Noilson deficiência visual, nos relatou que possui retinose regimental doença degenerativa que foi se agravando com o passar dos anos e que não possui tratamento.       
 Durante o ensino fundamental apresentava pouca dificuldade visual, foi no ensino médio que ela se alastrou, perdendo a visão e hoje somente enxerga vultos e apresenta perda total.
No inicio estudava Biomedicina, porém com a perda progressiva da visão decidiu trancar a faculdade e se adaptar a sua nova realidade.
Foi à procura de técnicas e ferramentas de acessibilidade para poder se desenvolver e voltar à faculdade. Conseguiu com muito esforço um programa de computador que o auxilia na leitura de textos salvos em formato pdf. Aprendeu o método braile e sabe utilizado, mas não o utiliza, pois prefere utilizar o software de computador. Através destas aprendizagens ingressou na faculdade no curso de psicologia.
Através de relatos ainda encontrar dificuldades na disponibilização de material e recursos necessários. Pode- se observar que ele se preocupa em buscar melhores condições de estrutura não só para ele, mas para outros alunos deficientes. Frisou que possui total ajuda dos professores e alunos e dá sugestões de melhorias para melhor adequação de todos.

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