FACULDADE ANHANGUERA
CURSO DE PSICOLOGIA
ELIAS ANTONIO DOS SANTOS RA: 37029
LIJARDANIA VICENTE RODRIGUES RA: 37508
REGINA CRISTINA DE MENDONÇA RA: 35933
THABATA SABINO DA SILVA RA: 26290
A INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO
A convivência do aluno deficiente visual e do professor na sala de aula
apresenta certa dificuldade de se efetivar, pois s escola apresenta problemas de infraestrutura, políticas públicas e ao
ambiente social ao qual este sujeito está inserido. A escola é
compreendida como um sistema que pode, por meio da educação de qualidade, gerar
sujeitos capazes de formular ações políticas comprometida com os interesses
coletivos. Essa evidência fica clara nos meados do século XX, no qual se tinha
a concepção de que por meio da escola se resolveria o problema de acesso à
educação, e dessa forma estabeleceria a igualdade de oportunidades para todos
os cidadãos. Mas o quadro mudou a partir do momento em que se percebeu que o
desempenho escolar não dependia só de processos biológicos ou psicológicos, mas
da origem social dos alunos. Sendo que a criança
deficiente visual não pode ser impossibilitada de manifestar seus ideais, por
ser considerado incompatível com um grupo. Para mudar a cultura da exclusão é
necessário reconstruir as relações sociais.
Palavras-Chaves:
Deficiente visual, Escola, Inclusão.
1. INTRODUÇÃO
Há várias décadas a escola vem-se transformando de forma que cada
organismo que compõe essa organização também passa a se transformar. É um Inter
jogo de relações em que a Educação se torna princípio fundamental para a
formação de sujeitos cidadãos.
Nessa realidade, novas propostas surgiram com objetivo de ampliar o
direito de todos à educação, ou seja, contemplar os portadores de necessidades
especiais também ao direito de integração e socialização.
Como prova desse processo, vemos que hoje a educação dita especial não se
restringe apenas as instituições especializadas, mas abrange o sistema regular
de ensino, é neste contexto que possíveis alienações podem ocorrer no que se
refere à integração, pois é notória a deficiente condição das escolas públicas
e despreparo dos professores em relação ao acolhimento desses deficientes.
Apesar das atitudes com relação às crianças portadoras de deficiência progredirem
ao decorrer da história da humanidade, no qual a partir dos meados do século XX
passou-se a buscar a integração de todos deficientes a sociedade, vê-se que o
processo de escolarização talvez ainda não seja suficiente para resolução dos
problemas de ‘inclusão’, pois a sociedade
aparenta está arraigada em conceitos discriminatórios. Talvez a falta de
conhecimento e aproximação possa ser a causa desse afastamento.
A declaração de Salamanca (1994) é resultado do movimento em favor da
inclusão e dessa forma serve de consenso para formatação de uma política de
educação inclusiva.
Frente às necessidades educativas especiais é preciso refletir o sentido
de escola inclusiva e de todas as diferenças que ela deve abarcar, pois é na
possibilidade de uma escola verdadeiramente integradora que se pode combater
atitudes desrespeitosas à integridade física e moral.
2. DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA
VISUAL
Deficiência visual é caracterizada pela perda ou
redução da capacidade visual em ambos os olhos em virtude de causas congênitas
ou hereditárias. É de carácter definitivo não sendo possível ser corrigido com
o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. De acordo com site do
Ministério do Trabalho e Emprego:
De acordo com o
Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência
visual:
Cegueira - na qual a
acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
óptica;
Baixa Visão -
significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica;
Os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que
60°;
Ou a ocorrência
simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos a inclusão das pessoas
com baixa visão a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa
visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou
implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter uma visão nítida. As
pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das
cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda
visual. (Leis de cota site MTE).
As principais causas relacionadas à deficiência
visual são ocasionadas por acidentes, alguns tipos de tumores, ferimentos,
doenças gerais, influências pré-natais ocorridas na gestação, envenenamentos e/ou
doenças infecciosas que podem acarretar a perda parcial ou total da visão.
Outras possíveis são hereditárias, tais como: a
catarata congênita, atrofia do nervo óptico e o albinismo que ocorrem em
qualquer faixa etária.
Além das doenças e condições citadas, podem atacar o
globo ocular, a córnea, as lentes, o humor vítreo, retina e o nervo óptico. Que
pode acarretar doenças visuais acentuadas ou cegueira total.
Alguns sinais característicos na criança é o desvio
de um dos olhos, não seguir visualmente objetos e não reconhecer visualmente
os familiares, baixo aproveitamento escolar e atraso no desenvolvimento. No
adulto pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão.
Em qualquer um dos casos citados é necessário à
realização de avaliação oftalmológica para diagnóstico e encaminhamento para possíveis
tratamentos
Há vários tipos de classificação de acordo com a
intensidade da deficiência.
Leve que pode ser compensada com o uso de lentes de
aumento, lupas e bengalas. Que deverá ser realizados treinamentos de orientação.
Moderada que possibilita a realização de atividades
com o auxilio e iluminação adequadas.
Severa que apresenta a impossibilidade de realizar
tarefas visuais requer adequação do tempo, ajuda e adequações de ambientes e
materiais a serem utilizados.
Profunda (visão subnormal, baixa visão e cegueira é ausência
total da resposta visual é caracterizada pela dificuldade para realizar tarefas
visuais).
3. O MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO RUMO À
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nos primeiros anos do movimento a
educação, a dificuldade encontrada foi a de implantar um sistema educacional
para proporcionar aos mais pobres e pessoas com deficiência acesso à educação.
O plano, proposto por Thomas Jefferson foi vetado em 1779, pois os mais
abastados não queriam pagar os impostos para a educação dos pobres e
deficientes. O conceito da educação de pessoas com deficiência foi introduzido
no final da década de 1700 por Benjamin Rush, mas quem criou um dos primeiros
programas especiais de educação foi Thomas Gallaudet em 1817. A
implantação de duas instituições, o Asylun for the Education of the Blind
(1829) e a Experiential School for Teaching e Training Idiotic Children (1846)
voltadas ao ensino e treinamento de crianças especiais foi primordial para a
transformação da sociedade colonial em nacional no final do século XVIII e
inicio do século XIX. Várias
sociedades filantrópicas se estabeleceram e atuaram com importante papel na
instalação de escolas e centros de reabilitação, na qual, neste último
ambiente, as crianças eram mais controladas do que ensinadas.
[...] a maior parte dos indivíduos colocados em
instituições de reabilitação era considerada como integrante de vários grupos
justapostos: indigentes, pessoas com comportamentos fora dos padrões, pessoas
com deficiência visível, minorias e muitos imigrantes recém-chegados (S.Stainback,
& W. Stainback, pg.37, 1999).
As escolas públicas “comuns” foram criadas do final do século XIX à
década de 1950, mas muitas crianças ainda continuavam excludentes,
principalmente afro-americanos e nativos, os deficientes continuavam
segregados, e ainda rotulados como ameaça a civilização. Neste mesmo período as
instituições eram indicadas para os deficientes físicos, os alunos que
apresentavam deficiências mais severas eram colocados no fundo dessas
instituições sem chance alguma ao serviço educacional.
“quase todas as crianças confinadas a cadeiras de
rodas, não-treinadas no controle das funções fisiológicas ou consideradas
ineducáveis eram excluídas, devido aos problemas que o seu ensino iria
envolver” Sigmon (pg.3, 1983 apud S.Stainback & W. Stainback, pg.37, 1999)
.
A criação do currículo escolar baseado nas necessidades acadêmicas do
aluno no início do século XX tinha o propósito de banir as crianças em
condições inferiores. Foi a partir da década de 1950 a 1960 que a mudança
começou a girar, pais e lideres da educação iniciaram ações legais em defesa
aos direitos dos alunos de aprenderem em ambientes normais. Em 1972 o direito a
educação gratuita foi concedida as crianças “ditas” retardadas, resultando em
até direito ao emprego (ato de reabilitação, 1973). Em 1978 o Ato da Educação
foi estabelecido para todas as crianças e, a partir daí, estados ajudaram a
implantar programas nas escolas públicas. A
inclusão de todas as crianças nas classes regulares ocorreu no final da década
de 1970 e no início da década de 1980. E assim cada vez mais foi se intensificando
propostas de aprimoramento para a educação inclusiva. Apesar do enorme progresso e das
mudanças rumo à educação inclusiva, ainda existem resistências a inclusão.
Muitos pesquisadores e lideres se o posicionam a esse movimento, arraigados em
um paradigma tradicional, alienando-se ao conceito, e acabam por ignorar os
efeitos benéficos, usando mais o controle do que mesmo a inclusão. As práticas da
inclusão passaram a expandir com grande impulso em 1990, nesta mesma década
houve o vínculo da inclusão com a reforma geral da educação. O quadro de
concepções mudou, pois a segregação, antes o foco da época, hoje se tornou
ilegal. Criaram-se programas de prevenção das questões de ensino aprendizagem.
Muitas escolas de educação inclusiva vêm crescendo, alterando o modelo
tradicional. À trajetória
da educação inclusiva que começou em meios a muitos impasses, a segregação ao
direito de ensino e ao espaço para as próprias práticas educativas foram
exemplos desse processo. A rejeição era evidente, e a discriminação maior
ainda. Foi preciso muitos esforços para tentar combater a “desigualdade” dos
direitos. Ao
passar dos anos, notou-se os pequenos avanços rumo à inclusão educacional,
sendo um sinal para que todos continuassem a contribuir com a expansão das
práticas cada vez mais inclusivas e não excludentes. Segundo Mantoan (1997)
[...] a noção de inclusão institui a inserção de uma
forma mais radical, completa e sistemática [...] a meta primordial da inclusão
é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. As
escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que
considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude
dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional,
pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na
escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para
que obtenham sucesso na corrente educativa.” Mantoan (pg.145, 1997 apud
Sassaki,, pg.114,1997).
A educação se torna uma face de autonomia e respeito diante a sociedade,
a inclusão, reforço dos laços sociais, ou seja, a participação de todos na
sociedade. A reivindicação aos direitos de ensino adequado reforçou a ampliação
da oportunidade igualitária a todos os indivíduos, independente de sua
condição. O ambiente escolar torna-se um instrumento rumo à construção do
aprendizado e conhecimento, em que se vence a barreira da ignorância, quando há
constatação do ideal da igualdade de oportunidades dentro do processo de
inclusão.
3.1 A INCLUSÃO
SOCIAL E O CONTEXTO ESCOLAR
A questão da inclusão vem sendo discutida em âmbito mundial, milhares de
pessoas com algum tipo de deficiência sofrem discriminações e são de alguma
forma excluída, e se tornam alvo de atitudes preconceituosas e ações
impiedosas.
Dessa forma, destacou-se a necessidade de uma formatação na política de
integração e de educação inclusiva, movimentos foram necessários para essa
realização, a Conferência Mundial de Educação Especial é exemplo desse
movimento, em que emergiram pontos fundamentais de mudanças da realidade atual.
Maciel (2008) apresenta alguns dos
trechos transcritos na Declaração de Salamanca (1994):
Toda criança tem direito fundamental a educação e deve
ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.
Aqueles com necessidades educacionais especiais devem
ter acesso a escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia
centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades..
Aos governos demandam que:
Encorajem e facilitem a participação de pais,
comunidades e organizações de pessoas portadoras de deficiência nos processos
de planejamento e tomada de decisão concernentes a provisão de serviços para
necessidades educacionais especiais.
Garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica,
programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a
formação, incluam provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.
A endossar a perspectiva de escolarização
inclusiva e apoiar o desenvolvimento da
educação especial como parte integrante de todos os programas educacionais.
No mesmo instante que a Declaração fortalece a inclusão escolar, todavia
não se resolve o problema, visto que processo de exclusão é anterior ao período
de escolarização, iniciando-se em alguns casos no nascimento, ou no momento em
que aparece algum tipo de deficiência, adquirida ou hereditária, sendo capaz de
ocorrer em qualquer tipo de instituição familiar.
Na realidade, o que se preconiza é o direto a inclusão de deficientes a
classe regular. Apesar de a educação da criança com deficiência visual se
processar por meio de programas diferentes, tais como classes especiais, ensino
integrado e salas de recursos, a tendência atual é a de manter nas salas de
aulas o maior número possível de crianças com necessidades educativas especiais.
A convivência com outras crianças
possibilitará um círculo de relações sociais, facilitando à criança a ajuda
quando necessária e o favorecimento do contato e interação com o mundo.
Para que haja o processo de inclusão essas crianças precisam de um ambiente de
aprendizado facilitador, em que haja integração entre professor-aluno e a
interação aluno-aluno. Entretanto se faz necessário uma previa sondagem no
ambiente de aprendizagem, analisando o espaço, se é favorável e se há condições
para atendimento a essas crianças com deficiência visual, sempre imposto com
respeito e consideração, pois a educação do deficiente visual precisa ser
compatível com seus requisitos especiais, fazendo uso de materiais e
equipamentos de apoio, bem como algumas adaptações.
Tratando de integração
professor e aluno será de suma importância, que as pessoas que irão lidar
diretamente com o aluno, tenham certo grau de conhecimento sobre o que é
deficiência, sua causa, características e necessidades educativas, buscando
alcançar os pais ou responsáveis, com intuito de conhecer o histórico de vida
do deficiente.
Em busca de interação aluno-aluno, devem ser apresentadas as formas de
lidar com as diferenças, a falta de paciência em aceitar o outro como ele é, e
orientações devem ser ministradas para os alunos das classes regulares,
voltadas às questões da deficiência.
É importante ressaltar, que todas as pessoas portadoras de alguma
deficiência têm o direito de ter suas necessidades atendidas. Leis estão
postas, e com isso importantes conquistas vem sendo constatadas. A exemplo está
à lei nº 9. 394 de 20 de dezembro de 1996, que segundo Quintão 2005:
prevê a garantia de vagas na escola regular para
educandos portadores de necessidades especiais desde a educação infantil, assim
como contempla a compra de vagas pelos governos em escolas especiais, instituições
privadas sem fins lucrativos, para os casos que necessitam de uma condição de
ensino especializado. (Quintão, 2005)
É em um contexto de estimulação que pode surgir uma nova expectativa de
educação, em que propostas educativas possam se tornar flexíveis podendo
atender as necessidades de mudanças.
A
criança cega ou de visão subnormal precisa aprender a viver num mundo de
pessoas que não apresentam deficiência. Mesmo que este processo lhe seja,
muitas vezes, difícil e penoso. Cabe à sociedade a responsabilidade de prover
os auxílios necessários para que a criança se capacite e possa integrar-se no
grupo social a que pertence. “Assim sendo, a forma ideal de educação é aquela
que proporciona ao aluno maiores oportunidades de assimilação pelo sistema
comum de ensino”. (Masi, pg.12, 2002)
É necessário que a inclusão social anteceda a inclusão escolar, onde os deficientes antes de ter o direito de
ser (alunos), sendo diferentes, tenham direito de ser cidadão.
A Declaração de Salamanca (1996)
menciona:
O princípio que orienta essa estrutura (de
ação em educação especial) é o de que escolas deveriam acomodar todas as
crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças
deficientes ou superdotadas, crianças de rua e trabalhadoras, crianças de origem
remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas,
étnicas ou culturais e crianças de outros grupos inferiorizados ou
marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos
sistemas escolares. No contexto dessa estrutura, o termo ‘necessidades
educacionais especiais’ refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas
necessidades educacionais especiais se originam de deficiências ou de
dificuldades de aprendizagem. (p. 3)
A educação é direito de todos independentes de
condições econômicas, sociais e limitações físicas ou intelectuais. Por isso para
que haja democracia diante desse quadro, é necessária alguma mudança de
atitudes, que envolva de certa forma os aspectos sociais. Para que
haja de fato a inclusão é necessário que se tenha respeito à diversidade, contribuindo para a promoção da dignidade humana. É de suma importância que todos os indivíduos deficientes
ou não sejam reconhecidos com igualdade e dignidade em seus direitos
[...] basta que a
organização escolar incorpore em seus objetivos e conteúdos, o conhecimento e
os conceitos básicos sobre a cegueira e o cego, o "direito e a igualdade
de oportunidades", o "exercício da cidadania", enfim, saber que
o aluno com deficiência visual igualmente aos demais é sujeito de direitos e
deveres e como tal possui a igualdade de oportunidades na construção da sua
cidadania. (Masi, 2002)
A prática educacional exige à compreensão da realidade social, dessa
forma o compromisso com a educação do cidadão com deficiência visual deve estar voltada para compensar a desigualdade, mas
não a diferença.
3.2 PERSPECTIVA
SOCIAL NA EDUCAÇÃO
O conhecimento tem presença em qualquer projeção que se faça
do futuro. Por isso há um consenso de que o desenvolvimento de um país está
condicionado à qualidade da sua educação. Nesse contexto, as perspectivas para
educação são otimistas. Busca-se compreender a educação no contexto da
globalização e da era da informação, tira consequências desse processo e aponta
o que poderá permanecer da “velha” educação, indicando algumas categorias
fundamentais da educação do futuro.
Grandes mudanças ocorreram nas ultimas décadas do século XX,
tanto no campo socioeconômico e político quanto no da cultura, da ciência e da
tecnologia, é um tempo de expectativas, de perplexidade, sendo um momento novo
e rico de possibilidades. Por isso, não se pode falar de futuro da educação sem
certa cautela.
A educação, as novas tecnologias e o conhecimento tem sido
alvo de atenção, mas para entendermos o futuro é necessário revistar o passado.
Com o surgimento no final do século XX da escola tradicional e mais tarde a
escola nova, nota-se que ambas viam o homem individualizado no processo
educacional.
Não se via a humanidade e sim o homem por si só. A humanidade vive, hoje, um
momento de sua história marcado por grandes transformações, decorrentes do
avanço tecnológico. Está nova condição exige um redimensionamento de todas as
práticas mediadoras de sua realidade histórica, quais sejam o trabalho, a
sociabilidade e a cultura simbólica.
Espera-se, pois da educação, como mediação
dessas praticas, que se torne estruturadas, para enfrentar o grande desafio do
3° milênio, de modo a contribuir mais eficazmente na construção da cidadania,
tornando-se fundamentalmente educação do homem social.
A
educação é considerada hoje objeto priorizado de estudos científicos com vistas
á definição de políticas estratégicas para o desenvolvimento integral das
sociedades, é entendida como mediação básica da vida social de todas as comunidades
humanas.
As transformações gerais da sociedade atual apontam a
inevitabilidade de compreender o País no contexto da globalização, da revolução
tecnológica e da ideologia de livre mercado (Libâneo, 2009).
No entanto, o progresso, a riqueza e os benefícios avindos
dessas transformações não podem ser usufruídos apenas por pequena parcela da
sociedade. Com o aumento dos bens de consumo, do bem–estar, da difusão
cultural, há a fome, o desemprego, a doença, a falta de moradia, o
analfabetismo das letras e das tecnologias.
Existe hoje um grande desafio, o de incluir nos padrões de
vida digna, os milhões de indivíduos excluídos e sem condições básicas para se
constituírem cidadãos participantes de uma sociedade em permanente mutação.
Sendo de suma importância um ensino público de qualidade para todos.
Existe atualmente um amplo reconhecimento desses aspectos,
que tem sido transformado em reformas e em políticas educacionais em vários
países, pode-se destacar o Brasil que na década de 90, efetuou um amplo processo
de ajuste do sistema educativo, que teve por objetivo adequar a educação
escolar às novas demandas e exigências do mercado, assumindo a perspectiva de
mercadoria ou serviço que se compra, e não de um direito universal, o que leva
a torna-se competitiva, fragmentada, dualizada e seletiva social e
culturalmente afirma Libâneo, 2009.
Cabe refletirmos que a educação de qualidade é aquela
mediante a qual a escola promove, para todos o domínio dos conhecimentos e o
desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao
atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, bem como a
inserção no mundo e a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária, deve ser entendida como fator de realização
da cidadania, com padrões de qualidade. Neste contexto, a educação pública tem
tríplice responsabilidade: ser agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos
e desenvolver a ciência e a tecnologia; trabalhar a tradição e os valores;
preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e
transformá-lo positivamente.
Libâneo (2009) declara que:
[...] essas responsabilidades indicam,
complementarmente, três objetivos que devem servir de base para a construção
pública de qualidade no contexto atual: preparação para o processo produtivo e
para a vida em uma sociedade técnico-informacional, formação para a cidadania
critica e participativa e formação ética (LIBÂNEO, 2009, pg.118).
A escola deve continuar investindo nos alunos, para que se
tornem críticos e se engajem na luta pela justiça social, cabe aos alunos se
empenhar, como cidadãos críticos, na mudança da realidade em que vivem e no
processo de desenvolvimento nacional, e a função da escola é capacitá-los.
Portanto a preparação para a vida social é exigência
fundamental, devido às emergências de movimentos localizados, baseados em
interesses comunitários, mais restritos, no bairro, na região, nos pequenos
grupos entre outros, essa preparação social educativa é exigida para viabilizar
o controle não estatal sobre o Estado. Nota-se a necessidade de a escola
preocupar-se com o desenvolvimento de competências sócias como relações grupais
e inter grupais, para tomadas de decisões e soluções de problemas.
Um dos pontos fortes da escola é a formação ética, que parte
do pressuposto a formação de valores e atitudes diante do mundo da política e
da economia, do consumismo, do individualismo entre outros aspectos que mantém
o capitalismo contemporâneo.
Em suma a escola pode auxiliar no desenvolvimento de
competências comunicativas que possibilitarão dialogo e consenso baseado na
razão crítica, será necessário, no entanto uma comunicação ideal que se baseia
no investimento na capacidade do individuo de situar-se em relação aos outros,
no desenvolvimento de autonomia, isto é, indivíduo capaz de reconhecer nas
regras e nas normas sociais o resultado do acordo mutua, do respeito ao outro e
da reciprocidade, a formação de indivíduos capazes de expressar suas idéias,
desejos e vontades de forma cognitiva e verbal, incluindo a perspectiva do
outro e por fim a capacidade de dialogar.
A partir de novos paradigmas surgidos dentro da educação,
em 2008, surge a Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação
Inclusiva com o intuito de tornar legítima a acessibilidade da pessoa com
necessidades educacionais especiais à escola regular, promovendo o direito à
educação para todos, enfocando a grande discussão nos dias atuais dentro das
escolas. Partindo desse pressuposto, propôs-se, para essa pesquisa investigar a
percepção dos Profissionais da Educação acerca da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva dentro das instituições de ensino
regular.
A concepção dos profissionais
participantes acerca da Educação Inclusiva está relacionada à educação
inclusiva como acolhimento das pessoas com necessidades e como direito
garantido por lei; os profissionais conhecem pouco sobre a nova Política
relacionando-a ao Atendimento Educacional Especializado e ressaltam a ausência
de apoio do governo às Escolas. Conclui-se, portanto, que há ausência de
capacitação do professor e da equipe pedagógica que os prepare para lidar com
alunos que necessitem de uma educação inclusiva e de qualidade.
A intenção de
estudar o tema atual configura-se no fato de que atualmente, com a ressignificação
desse paradigma de “escola para todos”, identifica-se dificuldades dos
educadores da rede regular de ensino para lidar com as especificidades de cada
aluno, em especial com aquelas pessoas com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento ou altas habilidades nas escolas regulares, já que para isso
haveria de existir uma preparação tanto dos profissionais trabalhando em
conjunto com uma equipe multidisciplinar, quanto da própria acessibilidade arquitetônica
na qual a escola se encontra, dentre outras mudanças.
3.3 RECURSOS E
TECNOLOGIAS QUE ATENDEM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
A educação no Brasil ainda apresenta pontos de deficiência na
formação e disponibilidade de recursos para o deficiente visual, sendo
necessário investir na diversidade e criar politicas públicas voltadas para a
aprendizagem e desenvolvimento.
A educação da criança deficiente visual pode ser realizada
por meio de programas de classes especiais que são desenvolvidas por escolas
especificas, no ensino itinerante ou na sala de aula regular com o apoio dos
professores. Com o principal objetivo de proporcionar a aprendizagem através de
conteúdos, procedimentos e requisitos especiais compatível com suas
necessidades e professores especializados em educação especial, que
possibilitem o desenvolvimento de métodos e técnicas específicas para
aprendizagem com instalações, equipamentos especiais e adaptações.
Os recursos didáticos para o ensino de deficientes visuais
são de suma importância para que o aluno seja integrante da sala participando
de todas as atividades.
Reglete e punção recurso utilizado para o aprendizado da
escrita Braille, apresenta modelos de mesa ou de bolso. Consiste numa prancha e
uma régua com duas linhas. Para utilizado é necessário introduzir o papel entre
a prancha e a régua pressionando com o punção, obtendo os pontos em relevo.
Sorobã ou ábaco utilizado para o ensino de Matemática.
Aparelho de cálculo de origem japonês foi adaptado para o uso de deficientes
visuais. Auxilia na realização de contas com maior rapidez, apresenta baixo
custo e grande durabilidade.
Máquina Braille permite transcrever textos em relevo o
Braille para ensinar o deficiente visual a ler e escrever.
Livro didático adaptado recursos didáticos que são
transcritos em Braille.
Livro falado gravado em DVD ou CDs.
Tecnologias assistivas um termo novo utilizado para
identificar recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais contribuem para proporcionar vida independente aos
deficientes.
Programas de computador que consiste em sistemas para
computadores que se comunicam com o usuário através de síntese de voz.
Proporciona o aprendizado com os recursos de escrita, leitura e pesquisa de
informação.
Maquetes e objetos podem ser tocados e manipulados auxiliam
no desenvolvimento do aluno.
Recursos de áudio como rádio, computador, livro falados, cd
entre outros são recurso didático que auxiliam no ensino.
3.4 POLITICAS EDUCACIONAIS
A transição entre Integração e Inclusão teve início no final do século
passado, portanto se faz necessário algum tempo para que esse processo social
gradativamente seja implantado e atenda as necessidades a ponto de tornar-se
eficaz as necessidades especiais. Nessa faze de transição torna-se
inevitavelmente importante que os dois termos, interação e inclusão sejam
faladas e escritas por diversos sentidos para diferentes pessoas, a saber:
Algumas pessoas utilizam as palavras
integração e inclusão de acordo com a moderna terminologia da inclusão social,
com sentidos distintos, ou seja: a integração como sendo a inserção da pessoa
deficiente preparada para uma convivência com a sociedade, por outro lado a
inclusão significando modificação de toda a sociedade com sendo um pré-
requisito para a pessoa com necessidades especiais exercer a cidadania e buscar
os seus conhecimentos.
Outras pessoas utilizam os termos
integração e integração total ou plena como sendo o primeiro termo como sentido
de inserção da pessoa deficiente preparada para conviver na sociedade e o
segundo termo correspondente ao moderno sistema de inclusão, sem, no entanto
usar essa palavra para defini-la.
Na maioria dos trabalhos acadêmicos, científicos ou técnicos se usa essa
terminologia para a definição supramencionada que foi publicada até 1994, ano
de lançamento do primeiro documento internacional abordando o tema em plenitude
sobre a inclusão que foi a Declaração de Salamanca.
Ainda, outras pessoas tende a
utilizar simplesmente a palavra integração para os dois sentidos nunca
utilizando os termos integração total ou plena e inclusão.
Em contra partida existem pessoas
que utilizam indistintamente os termos: integração e integração total (ou
plena), e inclusão como se fossem sinônimas, todas as palavras significando a
mesma coisa, ou seja, a inserção de pessoas deficientes preparada para a
convivência na sociedade.
Para as definições citadas acima, a
própria ONU (Organizações das Nações Unidas) utiliza os dois vocabulários em
suas documentações. Por exemplo, sobre o Dia Internacional das Pessoas com
Deficiência em seu item 1 do relatório
E/CN.5/1995/4 (24-3-95), através do Secretário Geral , diz que: a
proclamação desse dia tem três objetivos.
(a) Comemorar no dia 3 de dezembro o aniversário da
adoção, pela Assembleia Geral, do Programa Mundial de ação relativa às Pessoas
com deficiência;
(b) Assegurar a contínua promoção de assuntos de
deficiência no período posterior à Década das Nações Unidas para Pessoas com
deficiência e promover a integração de pessoas com deficiência na sociedade;
(c) Promover uma crescente conscientização na
população a respeitos dos ganhos a serem obtidos pelos indivíduos e pela
sociedade pela integração de pessoas deficientes em todos os aspectos da vida
social, econômica e política. (United Nacional, 1995b).
A inclusão no sentido atual segundo a ONU, quer dizer,
plena integração segundo as resoluções 47/88 (de 18-12-92, 48/99 (United
Nations, 1993ª) e 49/153 (de 7-2-95) tem o mesmo título em relação à plena
integração de Pessoas com deficiência na Sociedade: Um Contínuo Programa
Mundial de Ações. Por exemplo, na resolução 49/153, encontramos a seguinte
afirmação:
(A Assembleia Geral) Reintegrando as responsabilidades
dos Governos para remover ou facilitar a remoção de barreiras e obstáculos à
plena integração e participação de pessoas com deficiência na sociedade e para
apoiar seus esforços no desenvolvimento de políticas Nacionais para atingir
objetivos específicos (...). (United Nacional, 1995c).
A palavra Inclusão vem sendo
empregada cada vez mais pela ONU em suas documentações. Na Resolução 48/95 (de
27/7/93 intitula-se Inclusão Plena e Positiva de Pessoas com Deficiência em
Todos os aspectos da sociedade e o papel de liderança das Nações Unidas nesse
sentido abordando as seguintes referências:
A Assembleia Geral, convicta de que esforços
intensificados são necessários para se atingir o desfrute total e igual de
direitos humanos e plena inclusão e participação de pessoas com deficiência na
sociedade; (...)
Reconhecendo o papel essencial das nações Unidas e da
Comissão do Desenvolvimento Social no provimento de liderança e orientação
positiva para incentivar transformações de âmbito mundial, equiparando
oportunidades, promovendo independência e assegurando participação e inclusão
plenas de todas as pessoas com deficiência na sociedade; (...)
das Nações Unidas sobre Deficiência, a fim de promover
a equiparação de oportunidades e a plena inclusão de pessoas com deficiência na
sociedade; (...)
Em comparação com Países Membros, agências do sistema
das Nações Unidas, organizações não governamentais e outras agências
apropriadas, estender a assistências técnica e disseminar informações a fim de
realçar a responsabilidade dos Países – Membros no desenvolvimento,
implementação e avaliação de seus esforços para equiparar oportunidades e
propiciar a plena inclusão social de pessoas com deficiência; (...)
Reafirma que os assuntos de equiparação de
oportunidades e plena inclusão social de pessoas com deficiência serão uma
parte importante do processo preparatório e agenda final da Cúpula Mundial de
Desenvolvimento Social
Apela ao Secretário geral para manter a integridade e
a identidade dos programas referentes a pessoas deficientes, incluindo o Fundo Voluntário.
Mundialmente o processo pela inclusão trata-se de uma ação política,
social e pedagógica que visa defender o direito do aluno em qualquer estágio de
aprendizagem, de estarem juntos, aprendendo e participando de todas as
atividades para eles desenvolvidas sem com isso haver qualquer tipo de
discriminação. Por esse motivo a educação inclusiva constitui um paradigma
educacional que tem como fundamento o direito humano levando em consideração a
igualdade para todos como valores indissociáveis dentro e fora do âmbito
escolar.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para
uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
Todas as dificuldades enfrentadas no sistema de ensino principalmente
quando se trata de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais confrontam as
práticas discriminatórias e cria alternativas para supera-las. Na sociedade
contemporânea a educação inclusiva assume um espaço central no debate em
referência ao papel da escola na superação da exclusão, viabilizando a criação
de uma construção de sistema educacional inclusiva, organização de escolas e
classes especiais, mudanças que implicam em reestruturação das dificuldades
enfrentadas no sistema de ensino, servindo de referenciais para a construção de
sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes,
implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos
tenham suas especificidades atendidas.
a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do
sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com
deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório,
sob alegação de deficiência;
b) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao
ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de
condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem (MEC/SEESP, 2001 - Art.24).
A exclusão social integra o campo da pobreza e das desigualdades
observadas, embora fora desses dois campos existam situações de processos que
podem ser desenvolvidos fora do âmbito da pobreza e das desigualdades sociais.
Toma-se, por exemplo, o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo no que diz
respeito aos direitos de herança.
Portanto, toda exclusão social, em sua maior parte estão relacionadas ou
tem consequências diretas nas condições econômicas dos grupos populacionistas e
se fazem mais presentes em situações de intensa pobreza, ou seja, nas camadas
mais pobres e de maior desigualdade social. “A pobreza absoluta significa não
ter acesso aos bens e serviços essenciais, é a impossibilidade de suprir as
necessidades básicas, alimentares e não alimentares.” (Lopes, 1992).
A falta do mínimo necessário para a manutenção e sobrevivência do sujeito
ou grupo social poderá ocasionar a indigência ou miséria, visto que todo ser
humano ou sociedade necessita de ter o mínimo de recursos considerados
essenciais para uma vida digna, quando esses recursos são negados, o indivíduo
ou grupo social fica exposta a vulnerabilidade, incapacitados de atingir os
seus objetivos de viver uma vida digna e satisfatória.
Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação
Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das lutas
sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de
qualidade para todos os alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação especial no Brasil está em processo de profundas
mudanças, pois hoje a um espaço para analisar e discutir questões básicas
referentes aos recursos didáticos e adaptações para que os deficientes visuais
possam participar do processo de ensino e aprendizagem. Escolas públicas bem
equipadas e com professores capacitados apresenta resultados positivos.
Apesar dos esforços realizados para o ensino regular a
realidade educacional brasileira apresenta lacunas e problemas no processo de
inclusão destes alunos, desta forma o trabalho pedagógico se torna
individualizado e solitário sendo que a deficiência visual interfere nas
habilidades e capacidades, e afeta a vida do sujeito, família, amigos,
professores e sociedade.
É necessária a interação do professor e alunos para que
ocorra uma aproximação cultura escolar para que se possa planejar e efetivar as
mudanças adequadas para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, valorização
da inclusão de atividades mistas, romper o preconceito social, e proporcionar
que todos interajam nas atividades escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
COOL Cesar; MARCHESI Alvaro;
PALACIOS Jesus. Desenvolvimento
psicológico e educação: Transtorno de desenvolvimento e necessidades educativas.
2 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA,
João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação
Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
LOPES, J. R. B. Um estudo socioeconômico da indigência e da
pobreza urbana. Campinas: Núcleo de Estudos de Políticas Públicas/Unicamp,
1992.
Maciel, M.R.C. Portadores de Deficiência: a questão da inclusão social. São
Paulo em Perspectiva, 2000.
NACÕES UNIDAS. Normas sobre a equiparação de oportunidades
de pessoas com deficiência. Tradução por: Mariza do Nascimento Paro. São
Paulo: CVI-NA/APADE, 1996.
PERRENOUD, Philippe. A Pedagogia na Escola das Diferenças:
fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed Editora,
2001.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão:
construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: Wva, 1997.
STAINBACK, Susan & William. Inclusão: guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FONTES
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mte.gov.br/fisca_trab/inclusao/lei_cotas_2.asp. Acesso em 03 Junho 2012 às
13h17min
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http://www.coladaweb.com/medicina-e-enfermagem/ deficiência-visual. Acesso em
30 março 2012 às 21h49min
Deficiência Visual e educação. Disponível em: http://dvsepedagogia.blogspot.com.br/2010/
02/sinais-e-sintomas-da-deficiencia-visual.html.
Acesso em 03 Abril 2012 às 23h17min
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MACIEL, Maria Regina Cazzanga. PORTADORES
DE DEFICIÊNCIA: A QUESTÃO DA INCLUSÃO SOCIAL. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-88392000000200008&script=sci_arttext.Abril/Junho
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MARIANO, Gilmar de Freitas. Introdução. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/
~gilmar/EDV.htm. Acesso em 20 maio 2012 às 15h09min
Natação para Deficientes Visuais e Corporeidade. Disponível em:
http://artigos. netsaber.com.br/resumo_artigo_18259/artigo_sobre_natacao_para_deficientes_visuais_e_corporeidade. Acesso em 30 março 2012 às 22h22min
Portal da Oftalmologia. Disponível em:
http://www.portaldaoftalmologia.com.br. Acesso em 01 abril 2012 às
10h20min
Quais as causas das deficiências visuais?. Disponível em:
http://www.educ. fc.ul.pt/icm/icm2000/icm32/invisuais/causas.htm. Acesso em 31
março 2012 às 19h01min
RESULTADO DAS PESQUISAS REALIZADAS
VISITA AO NÚCLEO TERAPÊUTICO CRESCER
Em visita realizada ao Núcleo Terapêutico Crescer, situado na Av.
Imperatriz Leopoldina, 818 no bairro de Nova Petrópolis em São Bernardo do
Campo, São Paulo. Na ocasião fomos
recepcionados pela Psicóloga Cristiane ao qual realizamos a entrevista
referente às questões sobre psicologia escolar. Ela nos relatou que sobre os
métodos de ensino e do tempo que se dedica ao atendimento dos alunos e as
dificuldades enfrentadas pela instituição.
Diante da entrevista realizada podemos perceber que o Psicólogo nesta
área encontra certas dificuldades, pois há certas limitações e a evolução dos
alunos é às vezes é lenta por não obterem os resultados imediatamente.
O trabalho é interdisciplinar e intensivo, realizado em equipe onde há
interação com os alunos para que os resultados sejam positivamente atingidos.
Para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno é de suma importância o papel da
família. A psicóloga Cristina nos relatou que hoje existem várias políticas
públicas voltadas para a educação, porém há o despreparo de alguns
profissionais que estão envolvidos no processo o que dificulta o processo de
interação e desenvolvimento do aluno.
É claro que nas escolas existem aspectos que precisam ser adequados sendo
que o campo de trabalho do psicólogo escolar às vezes se torna limitado. No momento existe a preocupação por haver certa resistência
de alguns profissionais, mas hoje já existe uma visão de toda a
sociedade voltada para o assunto, muitas pessoas querem ajudar em busca de um
resultado positivo, disponibilidade e principalmente respeito.
A psicóloga Cristiane nos relatou que a instituição é humanista e vê o
individuo como único e o foco está voltado para o potencial do aluno e não para
o seu problema.
Na instituição visitada há alunos com diversas deficiências onde são realizadas atividades especificas para eles, porém esses alunos interagem normalmente com os demais, sendo aplicadas e realizadas atividades especificas para eles.
Na instituição visitada há alunos com diversas deficiências onde são realizadas atividades especificas para eles, porém esses alunos interagem normalmente com os demais, sendo aplicadas e realizadas atividades especificas para eles.
Ao
final da entrevista pudemos conhecer as instalações da instituição onde fomos
acompanhados pela diretora que nos relatou sobre as atividades, limitações e as
diferenças de atendimento que são disponibilizados a cada criança.
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Você escolheu trabalhar como Psicóloga na área de assistente a pessoas portadoras de deficiência por quê?
Qual a maior
dificuldade que um Psicólogo atualmente enfrenta atuando nessa área?
Como é o
relacionamento entre o Psicólogo e os outros profissionais envolvidos no
processo de inclusão social?
Toda exclusão
social, em sua maior parte está relacionada ou tem consequências diretas nas
condições econômicas, Você observa mudanças nesse perfil social?
Em sua visão
como Psicóloga como você ver o processo de inclusão social no Brasil?
As Políticas
Públicas existente atendem as necessidades no processo de inclusão social?
Os direitos a
cidadania são respeitados no processo de inclusão social de pessoas portadoras
de deficiência?
No
campo da saúde, o atendimento a pessoas portadoras de deficiência tem
atendimento adequado?
O modelo social
existente está preparado para favorecer o acesso e a permanência de pessoas
portadoras de necessidades especiais aos bens e serviços?
As escolas e os
educadores em nosso país estão preparados para um bom serviço de inclusão
social de pessoas portadoras de necessidades especiais?
Existe escassez
de projetos de Políticas Públicas que se preocupem com a inclusão social em
nossa sociedade?
Em sua visão
como Psicólogo, o que deve mudar em relação ao atendimento de pessoas
portadoras de necessidades especiais?
Qual a
participação do Núcleo Terapêutico Crescer voltado ao serviço de Inclusão
Social?
Núcleo Crescer
atende pessoas com deficiência visual, como são desenvolvidas as atividades?
ENTREVISTA
REALIZADA COM DEFICIENTE VISUAL
Através de entrevista realizada em 02/05/2012 com Noilson deficiência
visual, nos relatou que possui retinose regimental doença degenerativa que foi
se agravando com o passar dos anos e que não possui tratamento.
Durante o ensino fundamental apresentava
pouca dificuldade visual, foi no ensino médio que ela se alastrou, perdendo a
visão e hoje somente enxerga vultos e apresenta perda total.
No inicio estudava Biomedicina, porém com a perda progressiva da visão
decidiu trancar a faculdade e se adaptar a sua nova realidade.
Foi à procura de técnicas e ferramentas de acessibilidade para poder se
desenvolver e voltar à faculdade. Conseguiu com muito esforço um programa de
computador que o auxilia na leitura de textos salvos em formato pdf. Aprendeu o
método braile e sabe utilizado, mas não o utiliza, pois prefere utilizar o software
de computador. Através destas aprendizagens ingressou na faculdade no curso de
psicologia.
Através de relatos ainda encontrar dificuldades na disponibilização de
material e recursos necessários. Pode- se observar que ele se preocupa em
buscar melhores condições de estrutura não só para ele, mas para outros alunos
deficientes. Frisou que possui total ajuda dos professores e alunos e dá
sugestões de melhorias para melhor adequação de todos.
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